Baudelaire

Biografia | Obra: O Diabo e o George Sand

Biografia
Charles Baudelaire nasceu em 1821em Paris. Órfão do pai aos 6 anos, teve um enorme apego à mãe que o acompanhou até a morte e ódio ao comandante Jacques Aupick, seu padrasto, que lhe impõe aos 7 anos, maltratos decorrentes de rigorosa disciplina do padrasto. Em 1840, os 19 anos, Baudelaire matricula-se na faculdade de direito de Paris, que jamais cursará. Freqüenta, esta sim, a turma um tanto boêmia de uma pracinha no Quartier Latin, onde adquire o prazer pela poesia e como destino a primeira doença venérea. Para vergonha da família, que o despacha de navio para uma temporada na Índia.
Conhece as ilhas Maurício e a Ilha da Reunião. De volta à França, agravam-se os atritos com o padrasto. Aos 21 anos alcançando a maioridade, reinvidica os 75 mil francos ouros herdados do pai, e conhece através do amigo Félix Tournachan - o futuro fotógrafo Nador - a mulata Jeanne Duval grande paixão, diversas vezes rompida e reatada, e destinatária dos mais belos poemas de As flores do Mal.
Aos 31 anos, afasta-se pela primeira vez de Jeanne Duvale e encontra Appolonie Sabastier, uma promotora da vida literária parasiense, em quem Baudelaire diz encontrar o anjo da guarda, a musa e a madona.
No ano de 1857 seu padrasto morre, a mãe se retira para a residência normanda de Honfleur, Baudelaire pega prestígio pelos seus poemas mas sua situação financeira não melhora. Ele pensa em suicídio, rompe definitivamente em 1862 com Jeanne Duval e começar a ter sinais da doença sífilis. Em 1864, está debilitado, muda para Bruxelas, faz conferências sobre drogas e pintura mas é um fracasso. A doença se agrava, e um tombo numa igreja faz surgir os primeiros sintomas de afasia e hemiplegia. Baudelaire volta a Paris para internar-se lúcido, sem voz e sem movimentos, apenas um olhar patético. Em 31 de agosto de 1867, morre nos braços da mãe. A partir do seguinte, começam a ser publicadas as obras completas de Baudelaire.

O Diabo e George Sand


Baudelaire

Não deve acreditar-se que o Diabo apenas tenta os homens de gênio. Despreza sem dúvida, os imbecis, mas não desdenha o seu concurso. Muito pelo contrário, funda neles as suas esperanças.
Vêde George Sand, ela é sobretudo, e mais do que qualquer outra coisa, uma grande besta; mas está possessa. Foi o diabo quem a persuadiu e fiar-se no seu bom coração e no seu bom senso, a fim de persuadir todas as outras grandes bestas e fiarem-se no seu bom coração e no seu bom senso.
Não posso pensar nesta estúpida criatura sem um certo frêmito de horror. Se a encontrasse, não poderia impedir-me de com ódio, jogar uma pia de água benta à cabeça desta besta.

 

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